sexta-feira, 24 de julho de 2009

A IMPECABILIDADE DE CRISTO.

É grande o número de cristãos que acredita que Cristo, enquanto encarnado, era capaz de pecar, ou que nEle existia a capacidade de pecar – em tudo foi tentado – e contudo não pecou. (Hb 2:17,18; 4:15).
Todavia, discordo dos meus irmãos sobre esse assunto, mas para que essa discordância seja legítima é necessário expor os argumentos que me levam a pensar diferente. O assunto em questão é deveras complexo e não tenho a pretensão de examinar exaustivamente a questão da pecabilidade versus impecabilidade [1], então peço a você meu caro leitor(a), que encare esse post como uma espécie de “declaração de fé particular”.

Ainda, um último – e estritamente pessoal – ponto que preciso salientar, é que a minha experiência como cristão, sobretudo a minha fé, é grandemente transformada e edificada somente quando penso na pessoa IMPECÁVEL de Cristo. Isso realmente me fortalece, mas mais importante e além disso, também vejo as Escrituras Sagradas influenciando totalmente esse pensamento e testificando o tempo todo a impecabilidade do meu Senhor e Salvador.

Sem mais delongas, vamos aos argumentos.


A natureza humana NÃO pecaminosa de Cristo.

Para que Cristo tivesse a capacidade de pecar seria necessário que Ele tivesse a natureza humana pecaminosa e depravada do homem. Mas Cristo, por ter sido concebido de uma forma diferente – a saber, pelo Espírito Santo (Mt 1:18) –, não assumiu uma pessoa pecaminosa. Maria foi doadora apenas das características humanas (Jesus sentia fome, sede, sono, etc).

Ora, diferente de Adão, Cristo não foi criado, mas encarnado. Também, Cristo não nasceu da virgem com um ego voltado contra Deus, pois somente com o homem isso acontece (Rm 3:11).

A teoria da pecabilidade diz que para que em Cristo existisse a possibilidade de pecar, Ele precisava ter herdado a natureza humana pecaminosa quando encarnou – e essa teoria afirma isso! Mas há um grande problema com essa idéia, pois, se for assim, temos obrigatoriamente que concluir que o Senhor Jesus era pecador.

Alguém pode retrucar: “Ora, Jesus não era pecador, pois ele nunca pecou”.

Então eu contra-argumento da seguinte maneira: Se imputarmos a Jesus a natureza pecaminosa humana, por definição isso fará dEle um pecador. Ao pegarmos a nós mesmos como exemplo, somos pecadores porque antes de cometermos qualquer pecado, nós nascemos com a natureza humana pecaminosa. Ora, nem todo o tempo nós pecamos, no entanto, mesmo que fiquemos um determinado tempo sem cometer algum pecado não quer dizer que nesse intervalo de tempo, entre um pecado e outro, cessamos de ser pecadores. Creio que o mesmo – hipoteticamente – se aplica a Jesus.

Talvez o exemplo que possa ilustrar isso é quando pensamos em um recém nascido. Essa criança ainda não cometeu efetivamente algum pecado, mas de qualquer modo, ela é pecadora porque nasceu com a sua natureza humana corrompida e depravada (Sl 51:5). Logo, a pecabilidade pretende a mesma coisa – ainda que algum defensor dessa teoria venha a discordar –, pois mesmo que Cristo não tenha cometido algum pecado – de fato, isso não aconteceu (Hb 4:15) –, Ele acaba sendo pecador, porque não só nEle supostamente existia a possibilidade de pecar como também supostamente Ele possuía a natureza humana pecaminosa.

Crer que Cristo era capaz de pecar, mas que não era pecador é de uma incoerência sem tamanho. Com isso, só chegamos a duas conclusões possíveis: Ou Jesus era capaz de pecar e isso fazia dEle um pecador, ou Ele era incapaz de pecar e era Santo.

A resposta me parece óbvia.

O fato de Jesus ter sido concebido pelo Espírito Santo e não de uma relação normal entre homem e mulher não seria uma prova de sua impecabilidade?

Como homem Ele estava à mercê das conseqüências do pecado, mas o pecado em si era algo que não lhe era próprio, era algo contra a sua natureza divina santa.


A tentação NÃO era irreal.


Os defensores da falaciosa teoria da pecabilidade comumente indagam: “Se Cristo era incapaz de pecar, não poderia ter sido genuinamente tentado e, portanto, não poderia ser um sumo sacerdote compassivo.” (Hb 4.15)

Bem, primeiramente o fato é que a "realidade da tentação não está na natureza moral da pessoa tentada e nem depende dela, e a possibilidade de compaixão não depende de uma correspondência específica entre os problemas enfrentados" [2].

A tentação no deserto, antes de ser exemplo para nós, foi um testemunho divino de que NADA poderia ser encontrado em Cristo. O ouro provado pelo fogo permanece ouro, ou seja, não tinha nada para ser eliminado. Ele tinha duas naturezas e ambas eram santas, portanto não havia conflito.

Jesus ter sido tentado não é prova de que ele tinha o potencial de pecar. Ele sofria com as tentações porque elas o "forçavam" a fazer algo que era contra a sua natureza divina santa, e o seu sofrimento – no que diz respeito a angústia que sentia pelas tentações – se dava não só por ser homem passível de certas limitações (dor, fadiga, stress, etc.), como pelo fato de que Satanás tentava induzi-Lo a fazer algo que não Lhe era próprio e do qual abominava – ou seja, pecar.

O Diabo tenta a todos, mas ele só consegue êxito na medida em que houver uma natureza que possa ser submetida a tal tentação. Jesus disse: “Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim;” (João 14:30)

Ser tentado não implica em ser suscetível.

A condição pecaminosa do homem é um fator determinante para que a tentação tenha sucesso ou não – por isso é impossível que o homem resista 100% das vezes em que é tentado.

No caso de Cristo, se a eventualidade fosse possível, a ação também seria possível. Logo podemos admitir que em outras circunstâncias Ele efetivamente teria pecado.

Sendo assim, a realidade da tentação – tendo em mente a impecabilidade – foi legítima e real.


Cristo NÃO era imperfeito.


Se Jesus tinha a possibilidade de pecar, ele não era perfeito. Nesse caso, qual o conceito de perfeição? Ora, perfeição é o grau de excelência, bondade, beleza, inerrância e infalibilidade a que pode chegar alguém ou alguma coisa.

Dito isto, faço o paralelo com a Bíblia: Ela pode errar? Não, não há sequer a possibilidade disso. Da mesma forma foi Cristo. Ele era perfeito moralmente, logo, não podia sequer “pensar” em pecar. Obviamente Cristo conhecia o “conceito” do que é pecado, mas existe uma grande diferença em saber o que é e praticá-lo.

Também é legítimo lembrar que o nome “Filho do Homem” do qual Cristo se apropriou, parece dar a entender que Ele correspondeu ao perfeito ideal de humanidade.


Cristo NÃO precisava ser santificado.


Jesus tinha que lutar contra a carne assim como nós também fazemos? Não, creio que nEle não havia esse conflito. Ele orou ao Pai por diversos motivos, mas jamais orou por sua própria santificação.

Se o Santificador tivesse sido feito semelhante “em todas as coisas”, sem qualificação, os crentes nunca poderiam ter sido santificados, pois o próprio Santificador teria necessidade da santificação. Esse conceito jamais será achado nas Escrituras.

Em Cristo não havia concupiscência – desejo de ser e/ou fazer aquilo que Deus não quer que sejamos ou façamos –, algo que é inerente a natureza humana pecaminosa.

Como já disse anteriormente, Ele tinha duas naturezas, mas ambas eram santas; portanto, não havia conflito dentro dEle. Nosso espírito, porém, duela contra nossa carne. Em hipótese alguma a Sua natureza humana poderia violar a natureza divina.

Ele não era como nós, que uma parte quer fazer uma coisa e a outra parte quer fazer o contrário (Rm 7:15-25). Ele não era santo porque não pecava, mas não pecava porque era santo.


A natureza divina e a santidade de Cristo NÃO podem ser comprometidas.


Pecado é, por definição, uma transgressão da Lei. Deus criou a Lei, e a Lei é por natureza o que Deus faria ou não; portanto, pecado é qualquer coisa que Deus não faria por Sua própria natureza.

Quando Cristo foi encarnado aconteceu a união do Filho eterno com a natureza humana. Ora, se Cristo pecasse, o que aconteceria com a sua natureza divina? Ele deixaria de ser Deus? Ou seja, se Ele pecasse perderia sua deidade?

A união do Filho eterno com a natureza humana não modificou sua igualdade com o Pai (Jo 10:30), pois crer que Jesus poderia pecar é crer que Deus poderia pecar. Assim como Deus não pode mentir (Tt 1:2), Cristo não pode pecar. Assim como é impossível que Deus minta (Hb 6:18), é impossível que Cristo peque.

O fato de Jesus ter se esvaziado (Fl 2:7) para possuir a natureza humana não “diminuiu” a sua natureza divina, e em contrapartida, Ele nunca se identificou com a natureza humana caída, até que o fez sacrificialmente no calvário.

Seu sacrifício foi para expiar os pecados do povo. Só um Deus santo e impecável poderia fazê-lo.


O Filho eterno NÃO pode ser mutável.


Todo o ser de Deus é imutável (Tg 1:17), e nisso sua santidade está incluída. Se Cristo era “pecável”, sua santidade divina teria que ser mutável.

Por imutabilidade divina entende-se que Deus não pode mudar, pois supondo que se Ele pudesse mudar para melhor, isso implicaria que Ele era imperfeito antes da mudança; ou se Ele pudesse mudar para o pior, isso implicaria que Ele tornou inferior à posição prévia [3], logo, se Jesus era santo, a Sua santidade ficaria comprometida se Ele tivesse o potencial de pecar.

Cristo não era menos santo por ter a natureza humana, pois santidade enquanto atributo divino imutável não era algo que estava relacionada ao esvaziamento do Filho eterno por ocasião da Sua encarnação, pois “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” (Hb 13:8)

Para que Jesus fosse pecável Ele deveria ser desprovido de toda a sua natureza divina. Nem sendo metade Deus e metade homem (que é um conceito errôneo das duas naturezas) Ele conseguiria pecar.


A questão de João 17:19.


Alguns podem recorrer ao texto de João 17:19 e deduzir que ele – o texto – menciona a pecabilidade de Cristo por dizer que Ele “santificou-se a si mesmo”.

Para colocar luz sobre esse precioso tema, segue abaixo alguns pontos levantados por um conhecido e proeminente irmão em Cristo [4]:

“A expressão do verso transcende a discussão da pecabilidade vs. Impecabilidade de Cristo. A Bíblia é clara quando indica que Cristo fez-se pecado por nós (2 Co 5.21). Nesse sentido, ele fez-se injustiça, para que nós fossemos feitos justiça. Não vejo, portanto, dificuldade em compreender João 17:19, pois nesse sentido, ele santifica-se a si mesmo, vencendo a morte, para que essa vitória possa ser nossa – para que nós sejamos santificados na verdade.
Uma outra forma, também acima da questão da pecabilidade ou impecabilidade (a propósito, eu defendo a impecabilidade, o que não tira a legitimidade das tentações – mas pelo sacrifício da cruz, que requereria a morte substitucionária, não pelos pecados próprios, mas pelos dos seus...) seria a de entender o termo santificação no seu sentido etimológico, ou seja: “separado para um fim específico”. Assim, João 17.19 estaria simplesmente indicando que Jesus separou-se a si mesmo para esse fim específico – “ninguém tira a vida do Filho do Homem” é ele que a dá voluntariamente –, para que nós pudéssemos ser separados NA VERDADE – através daquele que é “o caminho, a verdade e a vida” – com o fim específico de glorificar a Deus.”
[ATUALIZADO]

Por fim, a questão de Filipenses 2:7 e os atributos divinos.

Sugerir que Cristo “esvaziou-se” de sua santidade assim como ele fez com outros atributos como onipotência, onisciência e onipresença é, no mínimo, tornar a questão muito simplista.
Ora, todas essas terminologias advêm de um esforço de muitos cristãos piedosos para tentar entender a constituição do ser de Deus, e elas – as terminologias – refletem apenas uma fração mínima da verdadeira glória e essência de Seus atributos.
Então, de forma sucinta, faz-se necessário explanar algo sobre a diferença que, creio, existe entre a santidade (incluída na categoria de atributo moral) e os demais atributos supracitados (que se encaixam na categoria de atributos naturais). [5] Também, não menos interessante, é sabermos o que a Bíblia quer dizer quando menciona que o Senhor Jesus “esvaziou-se”, pois o texto de Filipenses 2:7 é frequentemente usado pelos defensores da pecabilidade para corroborar com a idéia de que Jesus podia pecar, pois Ele supostamente teria se “esvaziado” de sua santidade divina.
Bem, comecemos pelo texto de Filipenses 2:7 e vamos analisá-lo a luz de seu contexto imediato anterior, bem como posterior.
5 - Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,
6 - que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;
7 - mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
8 - E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!
Desde o começo do capítulo 2 o Apóstolo Paulo nos exorta a termos um determinado tipo de agir, e esse agir ele – Paulo – compara com a forma como Cristo procedia. Ele o faz de tal modo dizendo que a nossa atitude deve ser a mesma da do Senhor (v. 5). Com isso, nos versos 6 e 7 o Apóstolo ilustra a condição de servos a qual deseja que tenhamos, dando o exemplo máximo de servo que já passou por essa terra. Por fim, no verso 8, ele nos dá o resultado do esvaziar-se de Cristo, o servo impecável que morreu no cruz.
Assim, fica claro o propósito de Cristo se esvaziar – a saber, para ser servo. É preciso forçar muito o texto para inferir uma suposta – e impossível – diminuição de Sua santidade, conforme sugerido por aqueles que defendem a teoria da pecabilidade.
A Concordância Strong Exaustiva nos dá o seguinte significado do termo grego “kenoo” (esvaziar-se) usado em Filipenses 2:7:

G2758
1) esvaziar, tornar vazio.
1a) de Cristo, que abriu mão da igualdade com Deus ou da forma de Deus.
2) anular.
2a) privar de força, tornar vão, inútil, sem efeito.
3) anular, esvaziar.
3b) fazer com que algo seja visto como vazio, oco, falso.

Quanto a isso, Rienecker e Rogers obervam que “A palavra não significa que ele esvaziou-se de Sua divindade, mas sim que Ele esvaziou-se da manifestação de Sua divindade para ganho pessoal. A palavra é uma expressão vívida da inteireza de Sua auto-renúncia e Sua recusa de usar o que Ele tinha pra seu próprio benefício.[6]
Ou seja, sabendo que Cristo não somente esvaziou-se, mas entregou-se de forma voluntária – e isso é importante porque o verbo “esvaziou-se” indica que Ele o fez sem ser coagido –, se quisesse, poderia a qualquer momento de sua encarnação pedir ao Pai para voltar para Seu lugar de honra e glória – ou realizar o plano de redenção da humanidade com manifestações explícitas de seu poder.
Cristo não tinha seus atributos limitados porque estava preso a uma “carcaça de carne e osso”. Penso que Ele podia usar de seus atributos naturais a qualquer momento se tão somente estivesse em concordância com o Pai. O texto de Mateus 26:53 é um claro exemplo de que Jesus podia usar de outros meios para cumprir o plano de Deus.

“Você acha que eu não posso pedir a meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos?”
Ele só não procedeu de tal forma porque sabia em que implicava ter uma condição de servo, conforme expliquei anteriormente. Porém, mesmo que por propósitos específicos, por vezes nas Escrituras vemos a clara manifestação dos atributos divinos de Cristo, ou quem poderia dizer que o episódio de Mateus 8:26b não é uma clara evidência da onipotência dEle?

“...Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e fez-se completa bonança.”
Ainda, sobre a diferença de seus atributos, esvaziar-se de onipotência é algo extremamente diferente de – supostamente – esvaziar-se de santidade para que fosse pecável. Então, deixe-me ilustrar isso da seguinte forma:
Imagine um jogador de futebol que possui uma grande habilidade naquilo faz – jogar. Imagine também que esse mesmo jogador tem um filho de quatro anos de idade, e que eventualmente o seu pai – o jogador – o envolve brincando de jogar bola. Esse pai ama muito seu filho, e por isso, mesmo sendo muito habilidoso ele pode escolher por jogar no mesmo nível que seu filho, ou seja, jogar num nível inferior do qual está acostumado. Ele o faz tendo total controle da sua habilidade, podendo usá-la em sua totalidade no momento em que escolher.
Entretanto, diferente da sua habilidade em jogar futebol (um atributo natural), o amor desse pai por seu filho – lembre-se que esse é apenas um exemplo – não pode diminuir e nem aumentar conforme sua própria vontade, pois o aspecto moral do amor – a sua essência –, nesse caso, não é passível de controle. Com a pessoa do Cristo encarnado acontecia da mesma forma, Ele podia escolher curar – ou chamar legiões de anjos – se assim fosse sua vontade, mas não podia escolher ser menos amoroso, ou, no tema em questão, ser menos santo.
Aliás, há um sério questionamento pertinente a se fazer aqui. Ora, se perguntarmos a alguém que crê na teoria da pecabilidade se Cristo também se esvaziou do Seu amor, é certo que todos responderiam que não. Entretanto, com isso vejo-me obrigado a fazer outra pergunta: Como conseguem fazer este tipo de distinção dos demais atributos de Cristo em relação ao Seu amor? Estou certo que esse juízo de valor carece de respaldo bíblico, que está longe de uma saudável interpretação das escrituras, e que essa facilidade em poupar o amor divino em detrimento dos demais atributos acaba por favorecer uma hermenêutica tendenciosa e parcial.
Tenha em mente algo muito importante. Cristo é nosso justificador. A obra feita por Ele na cruz jamais poderia ser feita por qualquer um que possuísse uma natureza humana pecaminosa, nem mesmo por uma criança recém nascida que ainda não tivesse cometido algum pecado.
John Piper esclarece que ser declarado justo não é apenas ter nossos pecados perdoados, o que já é algo extraordinário. A justificação pela fé vai além disso. Ser considerado justo por Deus é como se jamais tivéssemos pecado. [7]
Concluo esta série de considerações com a seguinte pergunta. Como Cristo, através do seu sacrifício, poderia justificar alguém se mesmo nEle existia a possibilidade de pecar?
A resposta, claramente é: NÃO PODERIA.

Em Cristo, Mac.

[1] Existem bibliografias e ótimos textos na Web que abordam o assunto de forma mais extensa.
[2] Extraído de A Bíblia Anotada.
[3] A Impecabilidade de Cristo, por Forrest Keener.
[4] Considerações feitas pelo Presbítero Solano Portela em uma conversa que tivemos por e-mail.
[5] Estas classificações podem variar entre um autor e outro. Por exemplo: Atributos comunicáveis e incomunicáveis, pessoais e constitucionais, imanentes ou transitivos, etc.
[6] Fritz Rienecker e Cleon Rogers, Chave Lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 408.
[7] Vídeo sobre a Justificação pela fé somente, por John Piper.

13 comentários:

  1. Caro Maurício:

    Parabéns pelo tratamento correto de um tema teológico complicado, mas que, se não compreendido adequadamente, comprometerá a doutrina correta da pessoa de Cristo, suas naturezas e o seu sacrifício expiatório.

    Continue a pescrutar a Palavra de Deus.

    Em Cristo,

    Solano Portela

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  2. Caro Solano,

    Fico extremamente grato pela sua participação aqui no "a-milenismo".
    Estou em débito contigo por toda a ajuda prestada nas considerações e dicas sugeridas.
    Ficam aqui minha estima, minha admiração pela sua pessoa (mesmo que seja pela limitada web, que não substitui um caloroso abraço fraterno) e minhas orações em teu favor, em Cristo, para que sejas sempre cheio do Espírito.
    Sejas sempre bem vindo, a porta desta "casa" estará sempre aberta.

    Um abraço, em Cristo, Mac.

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  3. Muito boa abordagem Mac, em todos os aspectos
    Parabéns

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  4. Parabéns pela abordagem Mac. Legal como você expõe suas idéias e opiniões. Ainda reflito que, se
    Cristo não tivesse a possibilidade de pecar, qual seria a relevância de sua tortura e tentação, considerando que era verdadeiro homem e verdadeiro Deus?
    Fico feliz pelo conhecimento que possui, pois aprendo muito com você...
    Abraço Mac, que Deus te abençoe!

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  5. Sapão e Lu.

    Muito obrigado pela visita e considerações de vocês aqui no a-milesnimo.blogspot.
    Vocês são sempre bem vindos :o)

    Lu, a resposta para a sua pergunta sobre a realidade da tentação do Senhor Jesus se encontra no post, no tópico "A tentação não era irreal."

    Um grande abraço.

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  6. Olá MAc.
    Grato e honrado pela visita em meu blog.
    Eu já tinha visto o seu texto, há algum tempo; e realmente, nossa crença é a mesma.
    Um abração!
    Alberto
    Ps- relendo seu texto, deu-me uma vontade de publicá-lo...

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  7. Caro Alberto.

    O sentimento é mútuo. Você é sempre bem vindo por aqui ;D

    Deus o abençoe mano!

    Ps: Fique a vontade para publicar o texto que quiser :)

    ResponderExcluir
  8. Mac, muito bom seu texto!

    Jesus viveu de forma natural. E essa naturalidade, era normal e sem pecado. Pois, ele é Deus completo. É impossível ele pecar como fazemos, pois a sua natureza é santa.

    Agora, ele sabe o que é o pecado, ou seja, aquilo que ele não faria!

    Vi um testo de um Arminiano Batista muito conhecido, "Dave Hunt". No qual ele perguntava, "Deus é Soberano certo? Mas, exite algumas coisas que Deus NÃO PODE FAZER, e uma delas é pecar".

    Tenho certeza que Jesus não iria contra sua própria natureza, e se ele simplesmente pensasse em ir contra a ela, já teria algo nele que não era bom.

    Abraços!

    Deus continue te abençoando!

    ResponderExcluir
  9. Mac, muito bom seu texto!

    Jesus viveu de forma natural. E essa naturalidade, era normal e sem pecado. Pois, ele é Deus completo. É impossível ele pecar como fazemos, pois a sua natureza é santa.

    Agora, ele sabe o que é o pecado, ou seja, aquilo que ele não faria!

    Vi um testo de um Arminiano Batista muito conhecido, "Dave Hunt". No qual ele perguntava, "Deus é Soberano certo? Mas, exite algumas coisas que Deus NÃO PODE FAZER, e uma delas é pecar".

    Tenho certeza que Jesus não iria contra sua própria natureza, e se ele simplesmente pensasse em ir contra a ela, já teria algo nele que não era bom.

    Abraços!

    Deus continue te abençoando!

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    Respostas
    1. Leo,

      É isso aí, a idéia é essa mesmo.

      Obrigado pela visita :)

      Abraço!

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  10. Mac, acompanho o seu trabalho há algum tempo no BTCAST e é a primeira vez que me manifesto em comentários (tanto aqui no blog Amilenismo, quanto lá no Bibotalk). Gostei muito do texto, principalmente da abordagem dos textos complicados de João e Filipenses.

    Deus abençoe, abraços o/

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  11. Mac
    Excelente artigo, como todos os outros no seu blog.

    Entretanto tenho que, novamente, discordar de você, não é nada pessoal rs, até porque normalmente concordo com suas colocações no BTCast rsrsrs

    eu tenho um texto que fala do contrário, preciso achar nos meus HDs antigos e publico no blog...

    Voce disse no BTCast algo assim: que seria como alguem dando soco numa parede de aço, a pessoa pode dar o soco (Satanás pode tentar), mas a parede não vai quebar (isto é, Cristo não vai ceder), é interessante isso, mas não consigo imaginar alguem que sabe que uma parede é de aço querer dar um soco nela, com a pretenção de derrubá-la, ou quebra-la. Não é muito inteligente...

    Sabemos que satanás é muito inteligente e astuto, não iria socar uma parede de aço.

    Bom... outro contraponto é justamente sobre a ideia de Onipotencia divina...

    temos que tomar cuidado com isso para não criarmos um paradoxo. Um ser onipotemte pode fazer algo que limite essa onipotenciao?

    A resposta seria: Pode, ele pode se diminuir, entretanto, se ele o fizer, ele deixará de ser Onipotente.

    Se Cristo não fosse capaz de pecar, como ele pode ser onipotente? A partir do momento que ele não tem a capacidade de fazer algo (independendente do que seja) isso diminui essa caracteristica.

    Então, neste caso, entendo Cristo poderia pecar, por mais que ele não seja um pecador, ele tem a capacidade de, entretanto ele não quis.

    Novamente não vou me alongar pois, esse não é espaço adequado para isso

    Mac, abração, e seu blog é ótimo...

    no que tange a escatologia, eu sou pré-milenista pós-tribulacionista (mas confesso que estou com um pé no amilenismo, muito por culpa sua rs)

    abração

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    Respostas
    1. Olá Raphael :)

      A analogia da parede de aço tem sua limitação, claro. Usei-a apenas para expressar o meu entendimento ceder a tentação era impossível para Cristo.
      Agora, pelo relato bíblico, parece que Satanás não sabia disso, tanto é que foi lá e tentou ao Senhor.

      Quanto a questão da onipotência, entendo justamente ao contrário. Se Cristo tivesse a possibilidade de pecar, apenas hipoteticamente falando, como ficaria sua divindade (e seus demais atributos, como a onipotência) se isso acontecesse? Deixaria de ser Deus? Mas Deus não pode pecar, certo? Então, a impecabilidade resolve esse problema.
      Quando Cristo se esvazia, ele momentaneamente abriu mão de ser a segunda pessoa da trindade em toda a sua glória, mas não quer dizer que ele perdeu algo que estivesse atrelado ao seu status divino. Isto é, Cristo continuava onipotente mesmo quando encarnado, mas não expressava esse atributo como quando em toda sua glória.

      Então, entendo que Cristo não pecou porque ele não quis, mas porque, sendo Deus, ele não tinha a inclinação para pecar como nós temos quando somos sujeitos as tentações.

      Essa é só uma tentativa de deixar melhor explicada a minha fala, Rapha.

      Obrigado pela visita. Se quiser comentar algo mais, fique a vontade.

      Grande Abraço.

      Mac.

      Excluir

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