quinta-feira, 26 de maio de 2011

Avaliando o Pré-milenismo - Parte 2

...continuação.

Importante: O texto a seguir é de autoria de Cornelis P. Venema, Deão e professor de Estudos Doutrinários no Seminário Reformado Mid-America em Dyer, Indiana. É Doutor pelo Seminário Teológico de Princeton e pastor da Igreja Reformada Cristã.

O retorno de Cristo e o arrebatamento.

Nenhuma avaliação do pré-milenismo dispensacionalista pode ignorar seu ensino do retorno de Cristo em duas fases, sendo a primeira comumente conhecida como o arrebatamento. Esta característica é seu aspecto mais amplamente conhecido. Popularizado por best-sellers como A Agonia do Grande Planeta, de Hal Lindsey, o filme O Retorno, e adesivos para carros para avisar os outros que, em caso de arrebatamento, o veículo ficará sem motorista e possivelmente sem passageiros. O dispensacionalismo tem desfrutado de um grande número de seguidores entre cristãos conservadores, especialmente na América do Norte.
A característica que tem predominado no dispensacionalismo é conhecida como arrebatamento pré-tribulacionista. Como observado anteriormente, a versão mais antiga do dispensacionalismo sustentou que a primeira fase do retorno de Cristo, Sua "vinda" ou "parousia", precederia um período de sete anos de tribulação, e que a segunda fase desse retorno, Sua "revelação" ou "aparecimento", introduziria o milênio ou o reino milenar de Cristo sobre a terra. A primeira fase, a vinda de Cristo, é o arrebatamento [01] de 1ª Tessalonicenses 4:17, um evento que representa a vinda de Cristo "para" os Seus santos, em contraste com o Seu retorno posterior (a segunda fase) ou vinda "com" os santos. Embora este ponto de vista tenha sido um pouco modificado no dispensacionalismo mais recente, ele permanece, de longe, o mais popular entre os seus defensores. As linhas conhecidas como mid-tribulacionismo e pós-tribulacionismo, como a terminologia sugere, diferem quanto ao momento do arrebatamento, mas possuem relativamente poucos defensores. [02]
Nas notas da Bíblia de Estudo Scofield, o arrebatamento é visto como um evento que pode acontecer a qualquer momento. [03] No que diz respeito ao futuro, não há eventos no calendário bíblico que devam ocorrer antes da primeira fase do retorno de Cristo acontecer. O retorno de Cristo será precedido pela ressurreição de todos os santos. Após a ressurreição dos santos mortos, todos os crentes vivos serão imediatamente transformados. Todos eles, ressuscitados e transformados, serão apanhados (arrebatados) com Cristo - cujo retorno à terra será apenas parcial e para esse fim - para encontrá-lO no ar. Assim, a igreja de Jesus Cristo será arrebatada da terra e levada para o céu por um período de sete anos, as "bodas do Cordeiro", durante o período da grande tribulação que cairá sobre a terra. 
Enquanto a igreja arrebatada desfruta desse período das bodas, uma série de eventos irá ocorrer sobre a terra. Um período de tribulação começará, e a segunda metade será um período de "grande tribulação". Assim será cumprida a profecia de Daniel 9:27. Na segunda metade do período de tribulação, o Anticristo surgirá - a besta que emerge do mar - e fará sobrevir à terra grandes crueldades, arrogando poder divino para si. Durante este período de grande tribulação, os eleitos dos filhos de Israel e um grande número de gentios serão salvos. O fim desse tempo de grande tribulação testemunhará um momento de intensificação da oposição ao povo de Deus. Os reis da terra, os exércitos da besta e do falso profeta unirão forças contra o povo de Deus. No entanto, Cristo retornará com Seus santos e destruirá todos os inimigos na batalha do Armagedom. Então, o reino milenar, durante o qual Cristo reinará sobre a terra, terá início. [04]

1 - O retorno de Cristo não é um evento de duas fases.

Apesar de não termos incluído neste resumo muitos detalhes e variações sobre este ponto de vista, estas devem ser suficientes para o nosso propósito. Duas questões importantes devem ser levantadas em relação ao arrebatamento pré-tribulacionista. Primeiro, a Bíblia ensina que o retorno de Cristo ocorrerá em duas fases, separadas por um período intermediário de sete anos de duração? Segundo, a Bíblia ensina que a primeira dessas fases será o arrebatamento conforme imaginado pelos dispensacionalistas?
Em certa medida, já tratamos a primeira questão, observando que o retorno de Cristo é um evento que se consumará no final da presente era, mas alguns dos argumentos oferecidos para a idéia de um retorno de Cristo em duas fases ainda não foram completamente abordados.
No início do pré-milenismo dispensacionalista, foi sugerido que o Novo Testamento usa os três termos comuns ao retorno de Cristo - parousia (presença, vinda), apokalupsis (revelação) e epiphaneia (aparecimento) - para distinguir as duas fases do mesmo. O primeiro termo foi dito ser concernente a vinda inicial de Cristo, "para" os santos no arrebatamento. O segundo e terceiro termos dizia-se referentes à vinda de Cristo no fim do período de sete anos de tribulação, "com" os Seus santos.
Esta afirmação, entretanto, não pode resistir ao escrutínio. O Novo Testamento mostra claramente que parousia e apokalupsis são usados intercambiavelmente, como são apokalupsis e epiphaneia, para se referir ao retorno de Cristo no fim dos tempos. Por exemplo, em 1ª Tessalonicenses 4:15, o Apóstolo Paulo usa o primeiro termo, parousia, para descrever o arrebatamento. Mas em 1ª Tessalonicenses 3:13, ele usa o mesmo termo para descrever a "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos." De acordo com o dispensacionalismo, este último caso ocorre somente na revelação de Cristo, sete anos após o arrebatamento. Similarmente, em 2ª Tessalonicenses 2:8, Paulo usa o termo parousia para se referir ao evento quando Cristo destruirá o "homem da iniquidade" ou Anticristo, um evento que no dispensacionalismo é dito não ocorrer até a revelação no final do período de sete anos de tribulação. Mais desconcertante para o argumento dispensacionalista é o fato de que essa passagem usa em estreita proximidade dois dos três termos como sinônimos para o retorno de Cristo, quando fala de como Cristo "destruirá" o homem da iniquidade "pela manifestação de sua vinda."
Além disso, ambos os termos apokalupsis and epiphaneia são usados nas epístolas de Paulo, de modo que o contexto não condiz com o que os dispensacionalistas consideram como a primeira e segunda fases do retorno de Cristo. Em 1ª Coríntios 1:7, apokalupsis é usado para descrever o que pode ser chamado de o arrebatamento, uma vez que dos crentes de Corinto é dito estarem "esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo". Contudo, em 2ª Ts 1:7,8, este termo é usado para descrever o que os dispensacionalistas consideram como a "revelação" ou "segunda" segunda vinda de Cristo. A mesma intercambialidade é evidente em 1ª Timóteo 6:14, onde epiphaneia é usada para descrever o arrebatamento, e em 2ª Tm 4:1, onde se refere à vinda de Cristo como Juiz dos vivos e dos mortos. [05] No seu uso destes termos, o Novo Testamento não oferece suporte para a idéia de que este retorno ocorrerá em duas fases distintas.
Na defesa do retorno em duas fases, dispensacionalistas, além de apelar ao uso dos termos, também insistem que a igreja não participará da tribulação, incluindo a grande tribulação que caracterizará o período de sete anos entre a vinda de Cristo e Sua revelação. Esta insistência, porém, não pode ser sustentada apelando para as Escrituras.
No Sermão do Monte das Oliveiras registrado em Mateus 24, Jesus, em resposta à pergunta dos discípulos, fala da grande tribulação que ocorrerá antes da Sua vinda. Esta tribulação será tão severa que será abreviada por causa dos eleitos (v.22). A referência aos eleitos nesta passagem indica que os crentes não serão arrebatados antes da tribulação, mas sim que eles a experimentarão. O ensino dispensacionalista sustenta que os eleitos nesses versos só pode se referir aos judeus, e não a igreja, constatando que o termo "igreja" não é usado neste capítulo. Este argumento é baseado no silêncio, e é consideravelmente enfraquecido pelo fato de que raramente os Evangelhos usam o termo "igreja". [06] A leitura mais evidente dessa passagem é tomá-la como uma referência à tribulação que cairá sobre o povo de Deus, o eleito (seja judeu ou gentio), antes do retorno de Cristo no fim dos tempos.
Também é importante observar que na mesma passagem, tratando dos "sinais dos tempos", Cristo descreve o arrebatamento de uma maneira que indica que ele não somente segue o período de tribulação, mas também marca o fim dessa era. Em Mateus 24:31, lemos a seguinte descrição do que ocorrerá depois da tribulação daqueles dias:
"E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus."
Esta descrição é semelhante à linguagem usada em 1ª Ts 4:16,17 para descrever os eventos que ocorrerão no momento do arrebatamento - a descida do Senhor, o som da trombeta, a reunião dos eleitos. É difícil entender por que estas passagens devem ser tomadas como descrições de eventos diferentes, como no dispensacionalismo, que vê a descrição de Mateus 24 como a segunda fase do retorno de Cristo e, portanto, como um evento distinto do arrebatamento. Porém, não é difícil entender porque o dispensasionalismo é obrigado a distinguir estas passagens: se Mateus 24:31 refere-se ao arrebatamento, então teriam que colocar o mesmo depois do período de tribulação, e não antes.
O dispensacionalismo encontra o mesmo tipo de dificuldade quando se trata do ensino de 2ª Tessalonicenses 2, com a descrição do homem da iniqüidade, que virá antes do Dia do Senhor. De acordo com o dispensasionalismo, os eventos dessa passagem vão ocorrer durante o período de tribulação, especialmente a grande tribulação, entre o tempo do arrebatamento e o momento da revelação de Cristo. No entanto, isso prejudicaria o ensino de Paulo nesta passagem. O ponto aqui é alertar os crentes de Tessalônica para não serem enganados e levados a pensar que a vinda de Cristo já ocorreu (v. 2), porque o aparecimento do homem do pecado e da grande apostasia devem acontecer primeiro. Esta passagem, que é essencialmente escrita para os cristãos gentios - e não judeus, como os dispensacionalistas comumente ensinam [07] - fala de uma série de eventos que irão preceder a vinda de Cristo e o Dia do Senhor. Estes eventos incluem o período de tribulação e o Anticristo que o dispensacionalismo coloca depois do arrebatamento, mas que nesta passagem ocorrerá antes do arrebatamento ou da vinda do Senhor para conceder alívio ao seu povo - ou igreja.
Ainda que seja possível explorar muito mais essas passagens, fica evidente que o problema enfrentado pelos dispensacionalistas neste ponto é o mesmo problema confrontado em nossa discussão anterior do retorno de Cristo como um evento consumado no final dos tempos. A menos que o leitor da Bíblia tenha em muitas dessas passagens uma doutrina pré-concebida de duas fases distintas no retorno de Cristo, há poucas chances de que tal ensinamento possa ser descoberto ou provado a partir delas. O ensinamento bíblico é que Cristo retornará depois de um período de tribulação para conferir alívio a Sua igreja e eterna destruilão aos Seus inimigos (2ª Ts 1). Essas conseqüências do retorno de Cristo coincidem e, portanto, não permitem o ensino de duas fases distintas em Seu retorno. [08]

1 - O arrebatamento de 1ª Tessalonicenses 4:13-18.

Para completar esta análise do arrebatamento pré-tribulacionista, temos de dar alguma atenção à 1ª Tessalonicenses 4:13-18, que é uma passagem das Escrituras que descreve com mais detalhes o arrebatamento. Um estudo cuidadoso desta passagem mostrará, no entanto, que ela não ensina o arrebatamento pré-tribulacionista defendido pelo dispensacionalismo.
A primeira observação a ser feito sobre essa passagem é que ela é dirigida a uma questão urgente na igreja de Tessalônica. Entre esses crentes, alguns temiam que os santos que tinham anteriormente "dormido" em Jesus não participariam na alegria e bem-aventurança que acompanha a vinda de Cristo. Por esta razão, o Apóstolo Paulo começa esta passagem dizendo:
"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem."
Estas palavras indicam o quão forte eram o seus receios e o quanto o Apóstolo quis encorajar-lhes com uma resposta do próprio Senhor.
Depois de reconhecer tal preocupação, de que os santos poderiam ser deixados de fora da alegria da vinda de Cristo, Paulo prossegue respondendo mais diretamente com uma explicação do arrebatamento vindouro, em que os crentes serão arrebatados com Cristo nos ares:
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."
O que significam essas palavras? De acordo com o dispensacionalismo, elas ensinam que na parousia, ou primeira vinda de Cristo, ocorrerá a primeira ressurreição, que será a ressurreição de todos os santos, e somente deles. Eles, juntamente com os santos glorificados que estarão vivendo no momento da vinda do Senhor, serão arrebatados ou "apanhados" com o Senhor nos ares, a fim de retornar com Ele para o céu - de onde veio. Ambos, ressuscitados e glorificados, estarão com Cristo no céu para o período de sete anos de tribulação, a fim de que retornem com Ele para reinar sobre a terra por um período de mil anos (o milênio). [09]
Mas é isso o que essa passagem nos ensina? Quatro observações sugerem que esta interpretação é um exemplo clássico de encontrar em um texto algo que não está lá, mas que foi importado, e posteriormente extraído dele.
Primeiro, quando no verso 16 lemos que os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, refere-se ao fato de que aqueles santos que dormem em Jesus serão levantados antes, para que juntamente com os santos vivos sejam arrebatados na vinda do Senhor. Eles irão, em outras palavras, desfrutar de um privilégio - sendo levantados primeiro - não concedido para aqueles que estiverem vivos na vinda de Cristo. O ensinamento dispensacionalista de que esta é a primeira ressurreição, a ressurreição dos santos no momento do arrebatamento, em distinção da segunda ressurreição, a ressurreição dos incrédulos no fim do milênio - mais de mil anos depois -, não é encontrado no texto, nem é o uso que Paulo faz do termo "primeiro".
Segundo, essa passagem fala de todos os crentes sendo arrebatados juntos ao encontro do Senhor nos ares. Os dispensacionalistas afirmam que isto se refere a um encontro nos ares que conduz ao retorno de Cristo e todos os santos com Ele para o céu de onde veio. No céu, o Senhor Jesus e Seus santos permanecerão por sete anos. Mas nada disso é indicado no texto. Na verdade, a passagem fala de todos sendo arrebatados nos ares para um "encontro" do Senhor com os santos ressuscitados e os crentes que estavam vivos na Sua vinda. [10] A palavra usada no texto para "encontro" tipicamente significa um encontro entre um visitante dignitário e representantes da cidade ou vila que está sendo visitada. Essa reunião ocorreria fora da cidade ou vila, e o visitante e seus acolhedores retornariam para a cidade. [11] Esta palavra é usada duas vezes em outras partes do Novo Testamento (Atos 28:15; Mateus 25:6), em ambos os casos referindo-se a uma reunião que tem lugar antes do retorno das partes para o local a ser visitado. O significado e a utilização desse termo sugere que, no caso do arrebatamento, os santos que encontrarão o Senhor nos ares retornarão com Ele em seguida, não para o céu, mas para a terra à qual Ele vem em Sua parousia.
Terceiro, o resultado desse arrebatamento, ou de ser elevado com o Senhor nos ares, é dito ser a bem-aventurança de estar para sempre com o Senhor. Esta linguagem se ajusta melhor à circunstância do estado final em que crentes, agora ressuscitados e glorificados, habitarão eternamente na mais íntima e inviolável comunhão com o Senhor Jesus Cristo. Estar para sempre com o Senhor não deve ser limitado por um período de sete anos no céu ou mesmo mil anos na terra. Pelo contrário, uma simples leitura dessa passagem revela-nos ser uma descrição do estado final.
E quarto, várias características da descrição desse arrebatamento não se encaixam bem com a posição dispensacionalista. A vinda do Senhor, como descrita nestes versos, é um acontecimento visível e público, que é sinalizado pela descida de Cristo do céu "com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus". No entanto, no dispensacionalismo, o primeiro retorno de Cristo é dito ser um arrebatamento secreto, em que os crentes serão tomados repentinamente, sem aviso prévio. Este ensino é fundamentado parcialmente baseando-se em Mateus 24:40,41, que é visto como sendo uma descrição paralela do arrebatamento, contudo, já observamos que esta passagem não ensina um arrebatamento pré-tribulacionista. Então, a descrição em 1ª Tessalonicenses 4:16-18 corresponde às descrições da revelação de Cristo dos céus no fim dos tempos conforme lemos em outros textos (cf. 1ª Co 15:23,24; 2ª Ts 2:8). Essas passagens falam do retorno de Cristo como um evento público que trará um fim ao presente período da história.
Assim, o ensino de um arrebatamento pré-tribulacionista tal como é entendido no âmbito dispensacionalista, não está edificado sobre o ensino de qualquer passagem bíblica. Tão pouco é um ensinamento que pode resistir a um escrutínio cuidadoso, especialmente quando comparado com o ensino geral das Escrituras quanto ao retorno de Cristo e o fim dos tempos. A Bíblia ensina que os crentes não serão poupados de uma tribulação, seja agora ou no final da presente era, nem que o arrebatamento será um evento nos moldes do dispensacionalismo. A única passagem que fala de um evento comumente conhecido como o arrebatamento dificilmente suporta o ponto de vista que goza de popularidade entre os dispensacionalistas.

continua...

Traduzido por Mac.

Veja também este artigo original em inglês: http://www.the-highway.com/premil2_Venema.html

[01] O termo "arrebatamento" vem da tradução de rapiemur (raptus), da Vulgata Latina, que rendeu a expressão "apanhados".
[02] Ver Millard J. Erickson, Escatologia Básica (Grand Rapids: Baker, 1998), p. 125-181.
[03] Bíblia de Estudo Scofield, notas em Lucas 21:27, 2ª Tessalonicenses 2:3, Tito 2:11, Apocalipse 19:19. Ver Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática (Dallas: Dallas Seminary Press, 1948), 4: p. 367-8; e J. Dwight Pentecost, As Coisas Por Vir (Findlay, Ohio: Dunham, 1958), p. 202-4.
[04] Bíblia de Estudo Scofield, notas em Daniel 9:24, Apocalipse 7:14, 11:2, 19:19.
[05] Alguns dispensacionalistas também argumentam que uma forte distinção deve ser feita entre a "parousia" e o "Dia do Senhor", isto é, a revelação de Cristo após o período de sete anos de tribulação. Para uma expressão moderada desta distinção, ver a Bíblia de Estudo Scofield, notas em 2ª Pedro 3:10 e Apocalipse 19:19. No entanto, em 2ª Tessalonicenses 2:1,2, essas expressões são usadas para descrever o mesmo evento - "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto." Para uma avaliação mais completa do ensino dispensacionalista de um retorno de Cristo em duas fases, ver George E. Ladd, A Bendita Esperança, (Grand Rapids: Eerdmans, 1956); e Robert H. Gundry, A igreja e a Tribulação (Grand Rapids: Zondervan, 1973).
[06] Nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, a palavra "igreja" é usada em somente três lugares (uma em Mateus 16:18, duas em 18:17). Deve ser observado que a referência imediata destes versos em Mateus 24 é a tribulação vivida no tempo da destruição do templo de Jerusalém em 70 d.C. Embora eu tenha argumentando anteriormente que a referência mais remota e secundária desses versículos é a um período de tribulação que precede o retorno de Cristo no fim dos tempos (do qual esta tribulação anterior é um antítipo), a referência óbvia à destruição de Jerusalém nestes versos milita fortemente contra a visão dispensacionalista.
[07] Bíblia de Estudo Scofield, notas em 2ª Tessalonicenses 2:3.
[08] É instrutivo observar que duas passagens do livro do Apocalipse (2:22; 7:9-17) referem-se a grande tribulação, indicando o contexto em que estão do ponto de vista daquele momento, no passado. Estas passagens ilustram como a restrição dispensacionalista da tribulação, especialmente da grande tribulação, para o período de sete anos entre a primeira e segunda fases do retorno de Cristo, não se encaixa no padrão bíblico do ensinamento a respeito do futuro.
[09] Bíblia de Estudo Scofield, notas em 1ª Tessalonicenses 4:17 e Apocalipse 19:19.
[10] A palavra encontrada na maioria das traduções, "encontrar", na realidade, traduz duas palavras gregas, eis apanteesin, literalmente "para encontrar".
[11] Ver E. Peterson, apanteesis, Dicionário Teológico do Novo Testamento, ed. Gerhard Kittel, trans. Geoffrey W. Bromiley (Grand Rapids: Eerdmans, 1964), I: p. 380-81.

2 comentários:

  1. Olá, Saúde e paz.

    Conheci seu blog pelo comentário no 'O tempora, o mores', tenho publicado no 'meu' blog alguns dos famosos sermões citados no livro 'Heróis da fé", ficarei muito honrado com a sua visita e sugestões.

    Seu conservo, Iveraldo Pereira.

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  2. Graça e paz Iveraldo.

    Agradeço sua visita aqui no A-milenismo.
    Sem dúvida visitarei seu blog.

    :)

    Em Cristo, Mac.

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