sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PROBLEMAS DO PRÉ-MILENISMO: Parte 3 - Romanos 8:18-23

...continuação.

Importante: O texto a seguir é de autoria de Sam Storms, Doutor em Teologia Histórica pelo Seminário Teológico de Dallas.

Romanos 8:18-23.
18 - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
19 - Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
20 - Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,
21 - Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
22 - Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.
23 - E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.
Observe o seguinte:

Paulo descreve o livramento ou salvação da criação natural como interligada com a dos filhos de Deus. É quando os filhos de Deus são revelados (v. 19) que a criação deve experimentar esta redenção. É por isso que a criação é personificada como avidamente “esperando a manifestação dos filhos de Deus.” A criação espera ansiosamente a volta de Cristo e a nossa glorificação, pois é então que ela também será liberta da “servidão da corrupção” para a mesma “liberdade da glória dos filhos de Deus” (v. 21).
A criação aguarda a revelação dos filhos de Deus (v. 19), porque é nessa mesma liberdade que a criação também será entregue (v. 21). Em outras palavras, a criação e os filhos de Deus estão intimamente entrelaçados, tanto no presente sofrimento como na glória futura. Da mesma forma como houve uma “solidariedade” na queda, assim também haverá uma “solidariedade” na restauração.
Se a criação deveria de alguma maneira ficar aquém da completa libertação da presente corrupção, a finalidade e plenitude da nossa redenção está seriamente comprometida. Na medida em que o reino natural entrará na “liberdade da glória dos filhos de Deus”, qualquer deficiência que este possa experimentar deve ser considerada da mesma forma no caso dos cristãos. No âmbito em que a ordem criada não é total e perfeitamente redimida, não somos total e perfeitamente redimidos. A redenção e glória da criação é co-extensiva e contemporânea com a nossa.
O problema proposto pelo pré-milenismo é claro: a redenção consumada da criação que ocorre quando Cristo retornar para redimir/glorificar o seu povo deveria surgir para impedir qualquer sofrimento ou corrupção da criação subseqüente ao Seu retorno. Todavia, o pré-milenismo argumenta que na era milenar estarão incluídas as características da presente corrupção, ou seja, o pecado e a morte. A questão, então, é esta:
Como pode a criação (da qual fazemos parte) ser entregue dos efeitos incapacitantes do pecado e da morte, a saber, na segunda vinda de Cristo, se durante o milênio ainda deve sofrer com a presença e perversidade dos seus inimigos?
Parece mais razoável para mim que a descrição de Paulo do dia da redenção (isto é, a segunda vinda de Jesus) tanto para os Cristãos como para a ordem criada, é idêntico ao advento dos novos céus e nova terra retratados em textos como 2ªPe 3:10-13; Ap 21:1; Mt 19:28. Se assim for, não há lugar para um “milênio” após a volta de Cristo.

continua...

Traduzido por MAC.

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