terça-feira, 3 de julho de 2012

Os Erros do Pré-Milenismo.

Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. Ronald Hanko, ministro ordenado da Protestant Reformed Church.

O pré-milenismo, algumas vezes chamado de “quiliasmo”, é o ensino que o retorno pessoal e visível de Cristo acontecerá mil anos antes do fim do mundo. Ele diz que a apostasia e iniqüidade crescerão e resultarão na revelação final do Anticristo. Neste tempo, começará um período de perseguição severa descrita em Mateus 24:21 como “a grande tribulação”. Este reino do Anticristo e o período de perseguição terminarão com a vinda de Cristo, que ressuscitará seus santos, transformará os corpos daqueles que ainda estiverem vivos, julgá-los-á, removerá a maldição da terra e estabelecerá em Jerusalém um reino que durará mil anos.
Este reino, dizem os pré-milenistas, será o resultado de uma conversão em massa dos judeus, que serão restaurados à sua própria terra. Eles, juntamente com os cristãos gentios, constituirão o reino de Cristo, centrado em Jerusalém, embora os judeus tenham a prioridade. Este reino será caracterizado por justiça, paz e prosperidade aqui na terra e durará exatamente mil anos. No final deste período do governo terreno de Cristo, o restante dos mortos será ressuscitado, e o último julgamento e a criação dos novos céus e nova terra se seguirão.
Algumas destas visões do pré-milenismo são muito estranhas. Primeiramente, os cidadãos do reino milenar supostamente são uma mistura daqueles que terão sido ressuscitados e glorificados e aqueles que ainda estarão em seus corpos terrenos atuais, que é contraditado por 1Coríntios 15:50. Além disso, o reino, supostamente, será sobre uma terra da qual a maldição terá sido removida, mas que não foi completamente liberta do pecado, doença e morte. Sobre esta terra, os santos ressurretos viverão juntamente com aqueles que ainda estão sujeitos ao pecado e à morte.
Há, contudo, mais objeções importantes a este ensino.
Primeiro, a Escritura contradiz o ensino pré-milenista que a vinda de Cristo precede o fim do mundo por mil anos, ensinando ao invés disso que ela é simultânea ao fim deste presente mundo (1Coríntios 15:23, 24), a criação do novo céus e terra (2Pedro 3:9,10), a ressurreição de todos os mortos (Apocalipse 20:12,13) e o último julgamento (Mateus 24:37-41; Lucas 17:28-37; Judas 6,7,14,15).
Segundo, a Escritura não ensina mais de uma ressurreição e julgamento (João 5:25- 29), nem uma ressurreição e julgamento que precede o final do mundo por mil anos (João 6:39,40,44,45; João 11:24; 1Coríntios 15:51,52. Note a ênfase na palavra ‘última” em 1Coríntios 15:52).
Terceiro, a Escritura ensina o exato oposto de um reino terreno; ela insiste que o reino é celestial (João 18:36; Hebreus 12:22,23).
Quarto, a Escritura ensina que o reino é eterno, não com mil anos de duração (Daniel 4:34; Daniel 7:27; 2Pedro 1:11).
Quinto, a Escritura não ensina que os judeus são os únicos descendentes de Abraão. Pelo contrário, ela nos diz que todos os crentes – judeus e gentios da mesma forma – são os judeus verdadeiros, o verdadeiro Israel de Deus (Romanos 2:28,29; Gálatas 3:29; Filipenses 3:3). Israel é a igreja, e a igreja é Israel. Assim, também, o reino é a igreja, e a igreja é o reino.
Especialmente por estas razões, rejeitamos o ensino pré-milenista.

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