quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Epílogo.

...continuação.

Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. William J. Grier (1868-19??).

Dionísio de Alexandria, cognominado "o Grande", nasceu aproximadamente no ano 190, da nossa era, e morreu em 265. Educado para seguir uma profissão secular, com brilhantes perspectivas de riqueza e fama, converteu-se à fé cristã e, então, pôde dizer:
"O que era ganho para mim considerei como perda, por amor de Cristo."
Eusébio, em sua "História Eclesiástica", nos fala de duas obras de Dionísio sobre "As Promessas". Foram escritas para combater o ensino de Nepos, um bispo do Egito, que afirmava deverem as promessas bíblicas ser compreendidas mais de acordo com a forma pela qual as entendiam os Judeus. Nepos "supunha que haveria um certo milênio de luxo e sensualidade aqui na terra." Para afirmar sua opinião, escreveu um tratado a respeito do Apocalipse, tratado esse fortemente combatido por Dionísio em suas duas obras relativas às Promessas. Na segunda dessas obras, ele menciona Nepos (já então falecido) e a grande ênfase de seus seguidores ao trabalho que escrevera acerca do Apocalipse, no qual ensinava a existência, no futuro, de um reino de Cristo na terra. Dionísio fala de sua sincera estima e grande consideração por Nepos, em virtude de sua fé, sua capacidade de trabalho, seu devotamento ao estudo das Escrituras e a maneira pela qual tinha deixado este mundo. Contudo, diz ele, a verdade tem de ser honrada e amada acima de tudo. Sentia-se, por isso, coagido a opor-se aos pontos de vista de Nepos. Declara que em Arsinoe, onde tal doutrina prevalecia, provocara "cisões e apostasias de igrejas inteiras."
Conta-nos Dionísio que visitou Arsinoe. E...
"... depois de haver convocado os presbíteros e mestres dos crentes nas aldeias, estando presentes os irmãos que quiseram comparecer, eu os exortei a examinar a doutrina em público. Quando apresentaram o livro de Nepos sobre o Apocalipse como uma espécie de armadura e fortaleza inexpugnável, sentei-me com eles durante três dias, da manhã à noite, procurando refutar o que nele se continha."
Dionísio presta homenagem à inteligência e ao espírito dócil daqueles irmãos e demonstra de que maneira, sensata e conciliadora, discutiu com eles, não tentando eximir-se de responder a objeções e procurando, tanto quanto possível, manter-se dentro do assunto. O objetivo supremo era que a verdade prevalecesse e todos recebessem o estabelecido nas doutrinas das Escrituras Sagradas. Afinal, o fundador e líder da doutrina, Corácio, na presença de todos os irmãos, em alto e bom som, "confessou e declarou" que não mais aceitaria aquela doutrina, pois havia ficado plenamente convencido pelos argumentos opostos - no que se regozijaram os outros irmãos presentes.
Se não conseguimos ter o mesmo tato e o mesmo espírito conciliatório de Dionísio, ao apresentar o nosso trabalho, sinceramente pedimos desculpas. Mas, em verdade, cremos que muitos dos nossos amados irmãos no Senhor, que divergem de nós nos assuntos ventilados neste livro, estudarão de novo a sua posição. Por anos a fio, durante toda a vida, talvez tenham ouvido pregadores repetir o assunto: um reino terreno de mil anos, centralizado em Jerusalém, e o que têm lido sempre seguiu a mesma linha. Agora, no entanto, se lhes apresenta um outro ponto de vista, que cremos seja o das Escrituras, dos Reformadores e dos Puritanos. Que ele conquiste a aceitação de nossos leitores!

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