quinta-feira, 1 de julho de 2010

CAPÍTULO I - O maior de todos os acontecimentos.

Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. William J. Grier (1868-19??).

O maior de todos os acontecimentos.

No Credo Apostólico, que nos chegou às mãos em sua forma original em meados do segundo século, a Igreja primitiva afirmou sua crença acerca da segunda vinda de Cristo:
"Ao terceiro dia, Cristo ressurgiu dos mortos; subiu ao Céu e está assentado à mão direita de Deus Pai, Todo-Poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos."
Em pessoa — O Novo Testamento nos ensina que o Senhor virá em pessoa. Conquanto as Escrituras se refiram a grandes eventos na história do indivíduo (como a morte) e a importantes fatos na história da Igreja (como o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes e a destruição de Jerusalém) como sendo manifestações de Cristo, elas declaram, de forma inequívoca, que haverá uma volta final, triunfante, do Senhor, acontecimento esse que se erguerá muito acima de qualquer outra manifestação parcial e típica. "O próprio Senhor descerá dos céus." (1 Ts. 4:16).
Visível
— Está claramente ensinado, no Novo Testamento, que o Senhor voltará em forma visível. Sua primeira vinda foi literal e visível e podemos estar certos de que a segunda, que tantas vezes é àquela relacionada nas Escrituras, será igualmente autêntica e visível.
"Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir." (At 1:11)
Sua segunda vinda será tão visível quanto a ascensão.
"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus." (Mt 24:30,31)
O falecido Dr. R. V. Bingham contou quão firmemente apoiava a doutrina comum de um aparecimento do Senhor às ocultas e um arrebatamento secreto dos santos, até que um dia sua esposa lhe pediu um texto bíblico que servisse de prova a essa crença. Descobriu, então, ser-lhe impossível apresentá-lo. Há abundância de passagens para provar o contrário. Claro que, se fosse para ser em segredo, não haveria "alarido, voz do arcanjo" nem "a trombeta de Deus" (1 Ts. 4:16).
Repentino e Inesperado
— Discorrendo acerca da palavra "apocalipse" ou "revelação" do Senhor, empregada no Novo Testamento com respeito à Sua segunda vinda, assinala o Dr. Vos:
"a própria idéia de um fato repentino e inesperado parece se associar intimamente a essa palavra."
É como se uma cortina fosse descerrada, de repente, e o Senhor da Glória aparecesse. Sua vinda será...
"...como um ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição." (1 Ts. 5:2,3)
O próprio Salvador disse que Sua vinda seria "como o relâmpago" (Mt 24.27), igualmente repentino e universalmente visível. Ninguém a preverá e todos O verão ao mesmo tempo. Que advertência deve constituir esse aviso para os pecadores descuidados e professores de religião desatenciosos e displicentes!
Em Glória e Triunfo — Frequentemente se apresenta no Novo Testamento o contraste entre os dois aparecimentos de Nosso Senhor. Ele não virá outra vez no corpo de Sua humilhação, mas no corpo da Sua glória (Hb 9:28). As nuvens serão a Sua carruagem (Ap 1:7); os anjos, a Sua escolta (2 Ts 1:7); o arcanjo, o Seu arauto (1 Ts. 4:16); os santos, o Seu glorioso cortejo (1 Ts. 3:13). Virá como o Rei dos reis e Senhor dos Senhores, triunfante sobre todas as forças do mal (Ap 19:11-16).
Uma das palavras usuais, no Novo Testamento, para a “vinda" de Cristo seria mais propriamente traduzida por "chegada". Os escritores do Novo Testamento reconheciam, em verdade, que Cristo já tinha vindo, mas a "chegada", a verdadeira vinda, a que realmente deveria receber o nome, pertencia ao futuro. Tiveram avançado poder de perspectiva — para eles o magno acontecimento é a vinda do Senhor.
Outra palavra para a Sua segunda vinda — "a revelação" — é empregada da mesma forma, como se essa e não a primeira fosse a revelação por excelência.
Outro termo usado é "o dia" — "a noite é passada e vem chegando o dia" (Rm 13:12). Quando Ele vier, a escuridão desaparecerá para sempre e haverá libertação, alegria e felicidade para os Seus. Em verdade, Sua segunda vinda é descrita como "nossa redenção."
Comentando a passagem de Atos 1:11, J. A. Bengel diz, com beleza:
"Entre a Sua ascensão e a Sua volta nenhum acontecimento intervém que se lhes iguale em importância. Portanto, os dois estão unidos. Naturalmente, então, os apóstolos consideraram o segundo (o dia de Cristo) como muito próximo. E, dada a Sua majestade, é justo que, durante todo o espaço de tempo entre a Sua ascensão e a Sua vinda, seja Ele esperado sempre, ininterruptamente.
Foi uma característica dos santos do Velho Testamento a espera da consolação de Israel, a vinda do Messias. Agora, é como que "um emblema de todo o verdadeiro crente a espera e o desejo de Sua segunda vinda."
O Novo Testamento mantém constantemente perante nós esse grande acontecimento e insiste em para ele nos chamar a atenção, a fim de que nos tornemos ativos, zelosos, pacientes, alegres e santificados.

continua...


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